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Foto do escritorFabio Ruas

Falso seqüestro mata mais um

Em fevereiro de 2007 fui chamado às pressas pela produção do programa ancorado pela apresentadora Claudete Troiano, para comentar sobre a morte da aposentada Mércia Mendes de Barros, de 67 anos, que ocorreu após receber telefonema de bandidos noticiando o seqüestro de seu filho.

O viúvo, José Pereira de Barros, alegou que "ela atendeu e logo ouviu um rapaz gritando, chorando: "Mãe, vem me salvar". Luciano, o filho, compareceu à Rede Bandeirantes, onde deu uma entrevista exclusiva. Muito emocionado, contou-me que foi avisado por uma vizinha sobre o telefonema ameaçador. Imediatamente dirigiu-se à casa dos pais, encontrando a genitora desfalecida. Desesperado, carregou-a em seus braços até seu veículo e a levou ao pronto socorro, mas, já era tarde. Na verdade, até o esposo acreditou no falso seqüestro, pois já havia ido a um caixa eletrônico onde sacou R$ 500,00. Outro caso parecido aconteceu no início deste mês. Uma empregada doméstica atendeu um telefonema por volta das 16h; ela estava sozinha no apartamento localizado no bairro dos Jardins/SP. Um homem, em tom ameaçador, alegava que havia seqüestrado o filho da patroa e iria matá-lo, se a empregada não pegasse imediatamente as jóias da família e colocasse em uma lixeira perto do prédio onde trabalha. A empregada não desconfiou do golpe e atendeu, incontinenti, as ordens do bandido.

Estamos vivenciando em todo Brasil a ocorrência de uma nova modalidade do conto do vigário, apelidado de "telemarketing do crime" ou "falso seqüestro por telefone". É importante que você reúna seus filhos, pais, avós e empregados domésticos e dê as seguintes orientações:


1) Antes de atender ao telefone verifique pelo identificador de chamadas quem está ligando.


2) Não atenda ligações de outros Estados, interurbanos ou fones desconhecidos.


3) Não acredite em seqüestro que os criminosos pedem pequena quantia, créditos de celular pré pago ou jóias.


4) Você perceberá que se trata de um golpe, se o marginal estiver com muita pressa e insistir para você não desligar o telefone.


5) Para tirar qualquer dúvida, peça ao suposto seqüestrador que indague ao refém sobre a última viagem realizada, data de aniversário de algum familiar ou qualquer outra pergunta bem específica. Se o criminoso se recusar, pode ficar tranqüilo que se trata de um maldoso trote.


6) Anote num papel o número do telefone, horário da ligação e registre boletim de ocorrência na Delegacia mais próxima.

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